Justiça determina extinção de torcidas organizadas


Justiça determina extinção de torcidas organizadas
Justiça determina extinção de torcidas organizadas

A juíza da 36ª Vara Cível da Comarca de Fortaleza, Antônia Dilce Rodrigues Feijão, determinou na última sexta-feira (3º) a suspensão das atividades da Torcida Uniformizada do Fortaleza (TUF), da Torcida Organizada Jovem Garra Tricolor (JGT) e da Associação Torcida Organizada Cearamor. A decisão atende pedido formulado pelo Ministério Público do Estado do (MPCE), através do Núcleo de Desporto e Defesa do Torcedor (NUDETOR) em Ação Civil Pública (ACP).

Na ação, o MPCE demonstrou a ocorrência de vários crimes atribuídos às torcidas organizadas e aos seus membros, como homicídios, lesões corporais de natureza grave, posse de armas, de drogas e de veículos roubados. Além disso, também foi constatado que as torcidas promovem brigas, rixas, depredação do patrimônio público e particular, e causam medo à população que mora perto dos estádios. Para tentar solucionar o problema e debelar a violência, o MPCE celebrou em 2012 um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre as organizadas e diversas entidades civis e militares no sentido de disciplinar a conduta dos integrantes das torcidas, porém a medida não surtiu os efeitos esperados.

Na sentença, a juíza reconheceu que as torcidas organizadas agem à margem da legalidade, demonstrando que, na prática, se organizam para fins ilícitos. Além disso, a magistrada destacou que as ações de violência praticadas pelas torcidas organizadas não são se tratam de condutas isoladas, mas reiteradas como se fosse um estilo de ser e de proceder em nome daquilo que ela é. É como ser o fato de ser torcida organizada desse a ela a autorização para realizar toda espécie de barbárie que seus instintos conduzirem.

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Ministério Público do Estado do Ceará

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