Réu do caso “Aonde É” confessa crime e reafirma denúncia em audiência de interrogatório


Logomarca do MPCETeve início na quarta-feira (27/07), na 18ª Vara Criminal, a audiência de interrogatório dos envolvidos no caso do ex-vereador da Câmara Municipal de Fortaleza, Antônio Farias de Souza, também conhecido como “Aonde É”. O réu Claudemir da Silva Veras, que foi chefe de gabinete do então parlamentar, confessou a prática do crime de peculato, conforme narrado na denúncia do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), e confirmou que o dinheiro desviado da remuneração de assessores parlamentares era sacado por ele e depois repassado a Antônio Farias.

A instrução do processo ocorre desde o dia 18 deste mês e, segundo o titular da 18ª Promotoria de Justiça Criminal, promotor de Justiça Marcus Amorim, foram ouvidas quase 30 testemunhas. “Não somente Claudemir confessou a prática do crime, como também parentes dele admitiram que nunca trabalharam no gabinete de Antônio Farias, embora figurassem como assessores parlamentares”, afirmou o promotor. E acrescentou: “Ao ser interrogado, Antonio Farias negou a acusação e insinuou que Claudemir gerenciava sozinho o esquema”.

Quanto ao questionamento da defesa do réu “Aonde É”, a respeito da legalidade da colaboração premiada de Juarez Freitas de Souza, o promotor de Justiça Marcus Amorim reitera que o procedimento foi totalmente regular, tendo o colaborador sido assistido pela Defensoria Pública e o acordo sido homologado pelo Juízo da 18ª Vara Criminal.

A ação criminal contra o vereador “Aonde É” surgiu após uma série de apurações realizadas inicialmente pela Procuradoria dos Crimes contra a Administração Pública (PROCAP) referentes à suposta compra de apoio parlamentar em troca de emendas, ainda na gestão da ex-prefeita Luizianne Lins. Mas, depois de algumas diligências e medidas judiciais, por não se tratar de autoridade com foro privilegiado, o caso envolvendo especificamente o ex-parlamentar Antônio Farias, referente ao desvio de remuneração de “assessores fantasmas”, foi desmembrado da investigação original e repassado para a 18ª Promotoria de Justiça Criminal.

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