O Ministério Público do Estado do Ceará, por meio da 111ª Promotoria de Justiça de Fortaleza, denunciou nesta terça-feira (16/07) Romualdo Sousa Barros pelo homicídio qualificado de S.G.N., pesquisador e médico veterinário que foi morto a tiros no dia 4 de julho, em Fortaleza. O acusado teria cometido o crime durante uma carona concedida pela vítima, que era chefe dele. O homicídio teria sido motivado por desavenças de trabalho. Ele deve responder ainda por tentativa de homicídio contra M.S.M., namorada da vítima, que também estava no veículo durante a ocorrência.

De acordo com a denúncia, S.G.N. era pesquisador do curso de Medicina Veterinária de uma universidade de Fortaleza e chefe imediato de Romualdo, que atuava como tratador de animais. A relação entre a vítima e o acusado, de acordo com as investigações, era amigável até o acusado passar a receber punições administrativas (suspensão e advertências) relacionadas ao seu desempenho no local de trabalho. Dessa forma, Romualdo teria planejado a morte de S.G.N., acreditando que o chefe poderia demiti-lo a qualquer momento.

Segundo a denúncia, as vítimas foram atraídas pelo acusado até a fazenda em que os animais da instituição são criados. O tratador afirmava que uma das cabras que estão sob os cuidados da universidade estava apresentando um comportamento incomum. Para retornar à sua casa, Romualdo solicitou uma carona às vítimas, levando uma arma de fogo escondida em sua bolsa. O acusado, que estava sentado no banco traseiro do carro, surpreendeu S.G.N. e efetuou disparos contra a cabeça da vítima. Já M.S.M. foi atingida no antebraço direito e nas costas, mas sobreviveu ao ataque ao sair do veículo.