CAOMACE realiza reunião sobre projeto “Estudando e Conservando a Gruta Casa de Pedra”


Reunião sobre a Gruta Casa de PedraA coordenadora do Centro de Apoio Operacional de Proteção à Ecologia, Meio Ambiente, Urbanismo, Paisagismo e Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural (CAOMACE), promotora Jacqueline Faustino, participou, nesta segunda-feira (18), de reunião com o representante do Município de Itatira, Francisco Necizio Sales Sampaio, e com a presidente do Centro Cultural de Arte Popular e de Apoio ao Desenvolvimento Educacional e Social (CCAP-Brasil), Célia Maria Leite, para tratar sobre a execução do projeto “Estudando e Conservando a Gruta Casa de Pedra”, de autoria do Departamento de Geologia da Universidade Federal do Ceará (UFC).

O objetivo da reunião foi definir questões de ordem prática para viabilizar a permanência de um grupo de estudantes de geologia da UFC na região por uma semana. Neste período, eles deverão efetuar as primeiras pesquisas que dizem respeito ao levantamento de campo para o projeto.

Durante a reunião, o Município de Itatira comprometeu-se a oferecer, como contrapartida voluntária ao projeto, hospedagem, alimentação e deslocamento do grupo de estudantes da localidade de Lagoa do Mato, em Itatira, para a Gruta Casa de Pedra, localizada na divida entre este município e Madalena, a 180 km de Fortaleza.

A Gruta Casa de Pedra é alvo de significativos impactos ambientais e sofre com o vandalismo e a poluição decorrentes de visitações eventuais de pessoas ao local. Mais de uma centena de pichações na entrada e no interior da gruta e a presença de resíduos sólidos ameaçam a conservação da caverna, que tem grande potencial educativo, turístico, paleontológico e arqueológico.   As pinturas rupestres presentes na Casa de Pedra, que podem ter mais de três mil anos, são as primeiras do tipo encontradas em cavernas do estado e  podem indicar as mais antigas ocupações humanas no Ceará.

O projeto da UFC prevê o mapeamento da caverna em três dimensões (3D). A iniciativa pretende, além de conter a degradação e o vandalismo que destroem o local, registrar as marcas da presença humana, em épocas remotíssimas, no estado. A ideia é que a caverna possa ser aberta à visitação e se transforme numa espécie de “caverna-escola”.

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