MPCE debate exploração sexual em Crateús


Exploração sexual crateúsO Ministério Público do Estado do Ceará, através da promotora de Justiça da comarca de Crateús Milvania de Paula Britto Santiago, com atribuição privativa na área da Infância e Juventude, participou, nesta terça-feira (dia 24), do debate intersetorial sobre “A promoção e proteção dos direitos sexuais de crianças e adolescentes”, promovido pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE).

Além da representante do MPCE e do juiz titular da 3ª Vara, Marcos Aurélio Marques Nogueira, também estiveram presentes compondo a mesa de debates profissionais da assistência social, da saúde, da psicologia e do conselho tutelar. Durante o mês de maio, atividades têm sido desenvolvidas em decorrência do Dia Internacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes na cidade de Crateús.

O objetivo do debate intersetorial foi repassar para o público que a violência sexual contra crianças e adolescentes, infelizmente, faz parte da nossa realidade e todos precisam enfrentá-la. A luta neste enfrentamento não cabe apenas as autoridades constituídas, mas à sociedade em geral, posto que é dever da família, da sociedade e do Estado colocar nossas crianças e adolescentes a salvo de toda e qualquer forma de violência.

A promotora de Justiça Milvania Santiago frisou que a violência sexual contra crianças e adolescentes apresenta uma grande incidência dentro do próprio âmbito doméstico, ocorrendo de forma repetitiva, insidiosa e progressiva. Para ela, a melhor forma de combate a esse tipo de violência é a sua identificação precoce. Santiago salientou que a vítima acaba por ser penalizada duas vezes: uma quando foi abusada sexualmente e outra, durante a apuração do ato que sofrera.

Apesar da diversidade de profissionais que participaram do diálogo, foi unânime o argumento de que o apoio da sociedade civil é imprescindível para o enfrentamento desse de tipo de violência, a qual pode atuar através da realização de denúncias pelo disque 100 ou perante o Ministério Público e o Conselho Tutelar, para que a rede de proteção seja, de pronto, acionada, bem como seja apurada a autoria do fato criminoso.

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