O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), por intermédio da 1ª Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde Pública, realizou na última quinta-feira (18), no auditório da Escola Superior do Ministério Público, uma audiência para debater as atuais condições de funcionamento dos hospitais da rede estadual de Saúde. As discussões foram coordenadas pela promotora de Justiça Isabel Pôrto e foram abordados diversos aspectos, como: falta de medicamentos, de insumos e de materiais médico-hospitalares; superlotação das unidades, com grande quantidade de pacientes nos corredores; reduções indevidas de escalas médicas e ocorrência de óbitos em razão das deficiências no atendimento, ou seja, que poderiam ser evitados.

Participaram da audiência, Henrique Javi, secretário da Saúde do Estado do Ceará (Sesa); Neodan Tavares, representante do Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará (Cremec); Pedro de Queiroz, superintendente de Apoio à Rede de Unidades da SESA; Romel Araújo, coordenador de Hospitais e unidades especializadas da Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza; Mayra Ribeiro, presidente do Sindicato dos Médicos do Ceará, Ricardo Madeiro, presidente da Comissão de Saúde da OAB/CE, Nelie Saraiva, defensora do Núcleo da Saúde da Defensoria Pública do Estado do Ceará, bem como diretores dos hospitais estaduais e representantes de entidades médicas.

Ao final das discussões, foram definidos os seguintes encaminhamentos: instauração de inquérito civil para averiguar a redução da escala de médicos cirurgiões na emergência do Hospital Geral de Fortaleza (HGF); realização de uma visita da 1ª Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde Pública ao HGF com a presença do Cremec, Simec, OAB/CE, Defensoria Pública e Sesa, e no Hospital do Coração Dr. Carlos Alberto Studart Gomes; sobre os pacientes crônicos que ocupam leitos de UTI do Hospital Infantil Albert Sabin, foi acordado que eles serão transferidos para unidades do interior do Estado ou para o Hospital Geral Dr. Waldemar de Alcântara.