MPCE participa de delegação do CNMP em visita à Portugal para troca de experiências sobre violência doméstica


27.09.2017.Comitiva.CNMPO Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), representado pela promotora de Justiça Flávia Unneberg, integrou uma delegação de membros do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) em visita a instituições públicas e privadas de Lisboa (Portugal) que realizam ações de combate à violência doméstica e feminicídio. A agenda oficial foi composta por diversas reuniões e visitas técnicas entre os dias 22 a 26 de setembro.

Segundo a promotora de Justiça, que também é coordenadora do Centro de Apoio Operacional Criminal (CAOCRIM), a viagem foi extremamente positiva. “Retorno com um vasto material para estudar e projetar ações de apoio à vítima no âmbito do MPCE, seja em casos de violência doméstica ou outros tipos de violência. Há um amplo espaço de trabalho muito importante para proteção das vítimas e entendemos que este encontro foi muito proveitoso para visualizarmos novas ações a partir das experiências que conhecemos em Portugal”, disse Flávia Unneberg.

A ação é uma atividade do grupo de trabalho do CNMP que acompanha a meta do feminicídio, no intuito de conhecer experiências positivas que possam ser implementadas no Ministério Público brasileiro. A comitiva foi coordenada por Valter Shuenquener, conselheiro do CNMP e coordenador da Estratégia Nacional de Justiça e Segurança Pública (Enasp), e composta pelo membro auxiliar da Enasp Maurício Andreiuolo (MPF), o membro colaborador Heverton Aguiar (MP/RO), as promotoras de Justiça Lúcia Iloizio Barros Bastos (MPRJ), Luciana do Amaral Rabelo (MPMS) e Valéria Scarance (MP/SP), além do servidor Wilfredo Pacheco (CNMP).

Agenda de diálogos institucionais
Na sexta-feira (22/09), a delegação brasileira reuniu-se com João Lázaro, presidente da Associação Portuguesa de Proteção às Vítimas (APAV) para tratar das formas de atuação do Terceiro Setor em parceria com o Poder Público no enfrentamento à violência doméstica. A instituição apoia pessoas que foram vítimas de crime e de violência, os seus familiares e amigos e oferece apoio emocional, prático, jurídico, social e psicológico para que possam lidar com as consequências de ter sido vítimas de um crime.01

Segundo a representante do MPCE, a APAV é “uma organização muito forte e conhecida, com um trabalho não só de apoio às vítimas, mas também de conscientização e sensibilização da sociedade há 27 anos”, esclarece. É uma rede com mais de 250 voluntários que trabalham nas mais diversas áreas: psicologia, direito, assistência social, dentre outras.

No período da tarde, a delegação brasileira foi recebida pela presidente da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Gênero do Conselho de Ministros de Portugal, Teresa Fragoso, que relatou a atuação da comissão na área internacional de violência doméstica, mediante a inclusão do combate a esse tipo de violência no plano de atuação anual do governo de Portugal. Foram apresentadas algumas medidas recentes do governo português para combater violência doméstica nas escolas e comunidades.

Na manhã da segunda-feira (25/09), aconteceu uma visita ao Observatório Nacional de Violência e Gênero (ONVG), sediado na Faculdade Nova de Lisboa, para apresentação dos projetos, estudos e metodologia de pesquisa empregada no tema de violência doméstica e questões de gênero. A comitiva foi recebida pelo diretor do Observatório, Manuel Lisboa. À tarde, ocorreu uma reunião com a deputada Elza Pais para a troca de experiências sobre o combate à violência doméstica contra a mulher.

Com informações da Ascom do CNMP.

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