Em uma iniciativa inovadora dentro do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), o procurador-geral de Justiça, Plácido Rios, deu posse a um grupo de 14 voluntários do projeto Promotores Acadêmicos da Infância, na manhã desta sexta-feira (08/09), na sede da Procuradoria Geral de Justiça (PGJ). O grupo reúne estudantes e profissionais das áreas de Psicologia, Serviço Social, Pedagogia, Ciências Jurídicas e Ciências Sociais; e iniciará suas atividades já na próxima segunda-feira (11/09).
Os Promotores Acadêmicos da Infância atuarão inicialmente analisando e compilando dados relativos a ações de destituição do poder familiar no sentido de garantir a crianças e adolescentes que se encontram acolhidos institucionalmente o direito constitucional à duração razoável de seus processos, evitando assim que fiquem “esquecidos” nos abrigos de todo o Estado. O serviço voluntário prestado pelo grupo será realizado de forma espontânea, não remunerada e sem vínculo empregatício. Eles atuarão no projeto de seis meses a dois anos, com carga horária semanal de quatro a oito horas, conforme disponibilidade de cada voluntário.
“Hoje é um dia histórico para o nosso Ministério Público e estou muito feliz que os senhores e senhoras estejam conosco, dispostos a mudar a realidade social. Tenho certeza que este é um passo muito importante que estamos dando. Só conseguiremos atingir nossos objetivos se tivermos a união profícua com as instituições e com a sociedade. Com a ajuda de vocês, conseguiremos produzir muito mais frutos”, destacou Plácido Rios.
Além do procurador-geral de Justiça, a posse dos Promotores Acadêmicos da Infância foi prestigiada pelo idealizador do projeto, o promotor de Justiça Dairton Oliveira, titular da 2ª Promotoria de Justiça da Infância e Juventude; contando também com as presenças do coordenador do Centro de Apoio da Infância e Juventude (CAOPIJ), promotor de Justiça Hugo Mendonça, da coordenadora do Centro de Apoio Operacional Criminal (CAOCRIM), promotora de Justiça Flávia Unneberg, e da procuradora de Justiça Elsuérdia de Andrade.
OPINIÃO
“Quando eu era mais jovem queria muito fazer a diferença na minha casa, na escola e ser luz no caminho das pessoas. Algumas vezes eu consegui, outras não. Mas isso é o que me move: fazer a diferença e tentar trazer luz para o que está escuro. Percebi que sozinha eu não conseguiria. Conviver com o grupo me dá esperança para não fraquejar. Sei que vamos entrar em uma seara de muito sofrimento e acho que estando junto de um grupo terei forças para caminhar.”
Maria Helena Benevides Pessoa
Promotora Acadêmica da Infância
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