Segundo a denúncia, os condenados mataram a vítima, agindo em concurso de pessoas, todos com arma de fogo. Eles trafegavam em um veículo e efetuaram vários disparos em via pública contra a vítima, em decorrência de rivalidade entre organizações criminosas. O exame de corpo de delito cadavérico atestou que a vítima sofreu 21 perfurações por projéteis de arma de fogo, distribuídas em diversas regiões do corpo, muitas delas na cabeça, exatamente como bradavam os criminosos durante a evasão.
De acordo com o inquérito policial, o ofendido Davi Lima (vulgo Cheirinho), saiu de casa, em sua bicicleta, pretendendo ir a um campeonato de futebol que se realizaria no campo localizado na Cidade Nova. Todavia, ao alcançar o cruzamento entre a Rua Sandra Gentil e a Avenida Joaquim Frota, Davi veio a ser interceptado pelo grupo de criminosos, fortemente armados, os quais trafegavam a bordo de um veículo marca Fiat, modelo Siena, quatro portas, cor prata.
Naquela ocasião, o automóvel Fiat Siena, que vinha pela Av. Joaquim Frota (sentido Av. Washington Soares) fez uma conversão à direta, para entrar na Rua Sandra Gentil, momento em que os acusados visualizaram a vítima e bruscamente pararam o veículo. Em uma ação rápida, os acusados – Francisco Vanderley, vulgo “Gordo”, Tiago Sousa, vulgo “Titico”, Edmilson Neto, vulgo “Queiroz”, e Francisco Vandeberg, vulgo “Berg”, este último filho do primeiro delatado – desceram do veículo, todos armados, e efetuaram vários disparos contra a vítima, provocando a sua morte.
Em seguida, os atiradores retornaram ao automóvel Siena, cujo motorista permanecia à espera, e empreenderam fuga, pela contramão da Av. Joaquim Frota, levando consigo as armas do crime. A ação foi captada por câmeras de segurança instaladas em frente ao local.
Durante a fuga, os acusados gravaram um vídeo, no interior do veículo, através de um aparelho celular, com o provável objetivo de conseguir prestígio e projeção dentro de sua facção criminosa. Nessa gravação, os quatro atiradores apareceram comemorando o êxito da empreitada criminosa. Mencionaram várias vezes o apelido pelo qual a vítima era amplamente conhecida (“Cheirinho”) e esbravejaram palavras de ordem, das quais se destacou a sigla GDE, correspondente à facção criminosa da qual todos fazem parte: denominada Guardiões do Estado.
Tempo de Justiça
O programa “Tempo de Justiça” é uma parceria entre Ministério Público, Poder Judiciário, Defensoria e Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social, recebendo apoio técnico da Vice-Governadoria do Estado. O Comitê realiza reuniões mensais com todos os órgãos para avaliação dos resultados e identificação de problemas, desde a fase de inquérito até o julgamento, com a finalidade de propor medidas para reduzir os índices de criminalidade no Estado, por meio do aumento da celeridade dos processos judiciais de crimes contra a vida ocorridos em Fortaleza.