Membros dos órgãos de investigação do MPCE participam de treinamento em sistema da SSPDS


02.10-treinamento-sspds-sNa tarde desta terça-feira (02/10), 19 promotores de Justiça dos órgãos de investigação do Ministério Público do Ceará (MPCE) participaram de um treinamento voltado às funcionalidades do Big Data “Odin” e do seu painel analítico “Cerebum”. O treinamento aconteceu no auditório da Escola Superior do Ministério Público (ESMP) e faz parte do convênio firmado em agosto entre a instituição e a SSPDS. Além dos representantes do MPCE, estiveram presentes o superintendente de Pesquisa e Estratégia da Segurança Pública (Supesp), da SSPDS, Aloísio Lira. A ação é parte da 2ª Onda do Projeto Estratégico  do Ministério Público Juntos pela Pazque tem por objetivo combater a criminalidade e a corrupção.

O coordenador do Centro de Apoio Operacional Criminal (Caocrim), promotor de Justiça André Clark participou da capacitação, além de profissionais da Coordenadoria de Tecnologia da Informação e Comunicação (Cotic) da SSPDS. Os 19 membros que participaram do treinamento integram o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), o Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal (Gaesf), o Núcleo de Investigação Criminal (Nuinc) e a Procuradoria dos Crimes Contra a Administração Pública (Procap).

Segundo André Clark, o objetivo é conhecer o “Cerebrum” e colaborar com o aperfeiçoamento da ferramenta. “Informamos o que precisamos utilizar nos nossos casos criminais e a partir daí, eles vão nos apresentar as nossas demandas de uma forma rápida, fácil e confiável”, disse. Clark ainda ressalta a importância da parceria institucional entre os órgãos. “Sempre estamos em busca de ter uma troca rápida de informações para proteger a população. Identificar rápido os autores de, em especial, crimes violentos ou da criminalidade organizada é uma das nossas maiores necessidades. Por isso, a nossa parceria tem se consolidado cada vez mais”, declarou o promotor.

O sistema Cerebrum

O Big Data “Odin” é alimentado por mais de 100 sistemas dos órgãos de Segurança Pública do Estado e de instituições parceiras, que foram remodelados para fornecer as informações, em tempo real, e facilitar o processo de investigação, inteligência e tomada de decisão. A ferramenta, que também possui mais de 90 bases de dados diferentes, é capaz de analisar milhares de tipos de dados diferentes, que ficarão à disposição dos gestores através de um painel analítico, que tem o nome de Cerebrum. O trabalho desenvolvido no Ceará é uma modelo para outras unidades da Federação e serve de base para a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) para a construção de um modelo nacional.

Aloísio Lira, superintendente da Supesp, ressalta que a apresentação do “Cerebrum” consistiu em mostrar as possibilidades para a construção e visualização de informações utilizadas para facilitar o trabalho da inteligência e das investigações de crimes. “O treinamento é mais uma parte da parceria entre SSPDS e MPCE, no compartilhamento de tecnologias e informações que facilitarão as ações de combate ao crime e na redução da violência no Estado do Ceará. O conhecimento sobre o Big Data ajudará a melhorar o tratamento de dados para subsidiar os trabalhos das forças de segurança, ajudando a entender os fenômenos, tanto criminais como sociais”, destaca.

Parceria entre o Ministério Público e a SSPDS

No dia 27 de agosto, André Costa, secretário da SSPDS, e o procurador-geral de Justiça do Estado do Ceará, Plácido Barroso Rios, assinaram um convênio entre as duas instituições, objetivando traçar medidas que contribuam para a redução dos Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs) no Estado. Dentro da iniciativa serão empenhados esforços e troca de conhecimentos, informações e experiências que viabilizem estratégias para a redução de CVLIs no Ceará.

A iniciativa prevê a adoção de medidas que permitam a redução dos CVLIs em áreas críticas no Estado, bem como contribuir para identificação dos responsáveis imediatos pela situação de violência em cada território específico. As frentes de trabalho definidas por cada instituição vão priorizar investigações, ações penais e execuções penais das pessoas identificadas.

*Com informações da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social

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