Mãos que Protegem: Edição “Agosto Lilás” termina com debates sobre a garantia de direitos de mulheres vítimas de violência - MPCE

Mãos que Protegem: Edição “Agosto Lilás” termina com debates sobre a garantia de direitos de mulheres vítimas de violência


A terceira edição do Movimento Mãos que Protegem, do Ministério Público do Ceará, que teve início na sexta-feira (29/08) tratando sobre a conscientização da violência contra a mulher, encerrou neste domingo (31/08), no North Shopping Fortaleza.

A programação do último dia foi aberta pela subprocuradora-geral de Justiça Daniele Fontenele ressaltando a conscientização da sociedade sobre o tema. “O movimento que nos reúne aqui é uma forma de prevenção, conscientização e ação de enfrentamento aos crimes de violência doméstica”, afirmou.

Em seguida, o público acompanhou depoimentos de duas mulheres que foram vítimas de violência doméstica. Lucimara Sousa destacou que “não é fácil sair do ciclo de violência, mas é possível. A ajuda de um familiar, amigo e até da polícia é fundamental. É preciso lutar por uma vida nova e melhor”. Edivânia Silva compartilhou que “é fundamental lutar contra o que fere os direitos das mulheres. É preciso não se calar e fazer a denúncia”.

Dando continuidade ao evento, o público acompanhou o painel que tratou sobre a atuação do MPCE no enfrentamento à violência doméstica. O integrante do Núcleo de Acolhimento às Vítimas de Violência (Nuavv), promotor de Justiça Dairton Costa, ressaltou que “a mulher vítima de violência deve ser colocada como principal elemento de proteção. Não existe justiça se essa vítima não tiver todos os direitos resgatados.” A coordenadora do Centro de Apoio Operacional da Saúde (Caosaúde), promotora de Justiça Karine Leopércio, acrescentou que “é importante dar assistência integral para a mulher sair da situação de violência. O MP tem feito esse trabalho junto aos profissionais de saúde para garantir o atendimento à mulher de forma que não tenha revitimização”. O coordenador auxiliar do Centro de Apoio Operacional Criminal (Caocrim), promotor de Justiça Paulo Lima, enfatizou que “a mulher que sofre violência não é só uma vítima, mas uma pessoa de direitos. Ela deve ser ouvida de forma humanizada”.

Finalizando a programação, o coordenador de atendimento do Decon, Pedro Ian Sarmento compartilhou conhecimento sobre a proteção da mulher na relação de consumo. “Além da questão física e psicológica, há ainda a violência patrimonial contra a mulher quando ela não tem autonomia financeira. É necessário trabalhar a proteção nessa relação de consumo”, concluiu.

Por fim, um momento de apresentação cultural com a Associação Marta concluiu a agenda do Mãos que Protegem realizando ainda um minuto de silêncio diante dos feminícidios registrados no Ceará.

Atendimentos

Durante os três dias de evento, o Núcleo Estadual de Gênero Pró-Mulher (Nuprom) e o Núcleo de Acolhimento às Vítimas de Violência (Nuavv) prestaram assistência a vítimas diretas e indiretas e a testemunhas de crimes, em parceria com outros órgãos da rede de proteção.    

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Agosto Lilás

O Agosto Lilás foi estabelecido em 2022, como mês de conscientização sobre o combate à violência contra a mulher. A escolha se deu em razão da Lei Maria da Penha, sancionada em 6 de agosto de 2006. 

Mãos que Protegem em 2025

Junho Violeta
Mês de conscientização sobre combate à violência contra a pessoa idosa e acolhimento às vítimas.

13 a 15 de junho
No Shopping RioMar Kennedy, em Fortaleza, para defender o direito ao envelhecimento com dignidade, saúde e respeito.

Maio Laranja
Mês de conscientização sobre combate à exploração e ao abuso sexual infantil

15 a 18 de maio
No Shopping Riomar Fortaleza, no bairro Papicu, com foco na saúde mental, adoção e proteção integral das vítimas.

Secretaria de Comunicação

Ministério Público do Estado do Ceará

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