O Procurador-Geral de Justiça do Ceará, Plácido Barroso Rios, declarou, nesta segunda (30/05), que vai designar dois membros do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) para apoiar os trabalhos do titular da Comarca de Nova Olinda, promotor de Justiça Daniel Ferreira de Lira, que sofreu ataque e ameaças no último dia 23. O anúncio ocorreu na visita realizada por comitiva da Procuradoria-Geral de Justiça para prestar solidariedade ao promotor de Justiça.
“Nós não vamos abrir mão de reforçar o Ministério Público no que for preciso, adotando todas as medidas necessárias para que o trabalho no combate à criminalidade e, principalmente, contra a corrupção, seja recrudescido, para que tanto o colega como o juiz que está aqui tenham esse amparo e para que a justiça seja feita”, afirmou Plácido Barroso Rios. O PGJ anunciou, ainda, que solicitará à Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) reforço no policiamento em Nova Olinda.
Formada pela vice-procuradora-geral de Justiça e coordenadora da Procuradoria de Justiça dos Crimes contra a Administração Pública (PROCAP), Vanja Fontenele, da vice-corregedora-geral do MPCE, Suzanne Pompeu, e do coordenador do Núcleo de Segurança Institucional e Inteligência (NUSIT), Nelson Gesteira, além do PGJ-CE, a comitiva visitou o Fórum local e participou de ato público realizado no Centro de Eventos de Nova Olinda.
O ato contou também com a participação dos desembargadores José Tarcilio Souza da Silva, presidente da Comissão de Segurança Permanente do Poder Judiciário, e Raimundo Nonato Silva Santos, de representantes da Associação Cearense dos Magistrados (ACM), da promotora de Justiça Juliana Mota, representante dos promotores do Interior na Associação Cearense do Ministério Público (ACMP), além de juízes e promotores da região do Cariri.
Na ocasião, Plácido Rios destacou que a ação criminosa contra o Fórum de Nova Olinda não foi um atentado contra dois membros do Ministério Público e do Poder Judiciário, mas contra duas instituições que estão ainda mais fortalecidas para combater a criminalidade. “Esse ato jamais representará qualquer sinalização de mitigação nas medidas que estão sendo tomadas no combate à criminalidade e à corrupção. Muito pelo contrário: eu acredito que essas medidas reforçam a atenção das instituições, tanto do Ministério Público como do Poder Judiciário, para que nós enfrentemos, de uma forma até mais contundente, esses poderes que teimam em desestabilizar nossa sociedade”, conclui.
Foto: Joaquim Albuquerque/MPCE