Operação do MPCE cumpre mandados de busca e apreensão contra prefeito interino de Pacatuba e outros alvos por suspeita de fraude em licitação


O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), por meio da Procuradoria de Justiça dos Crimes contra a Administração Pública (Procap), com apoio da Polícia Civil, deflagrou, na manhã desta quinta-feira (23/11), a Operação “Pacatuba”. Durante a ação, foram cumpridos mandados de busca e apreensão contra 12 alvos, incluindo o prefeito interino e o gestor afastado da cidade, além de um ex-deputado estadual e ex-assessores parlamentares. Os suspeitos vão responder por crime contra a Administração Pública, falsidade ideológica e associação criminosa.

No momento do cumprimento do mandado de busca e apreensão na residência do prefeito afastado, as equipes da Polícia Civil e da Procap encontraram 15 munições de arma de calibre 12, que estavam de posse do gestor de forma irregular. Assim, o prefeito afastado foi preso e conduzido até a delegacia, onde prestou depoimento e foi liberado mediante pagamento de fiança. Além das munições, aparelhos celulares, computadores e documentos também foram apreendidos durante o cumprimento dos mandados.

Além das residências dos suspeitos, mandados de busca e apreensão também foram cumpridos nas sedes da Prefeitura de Pacatuba e do escritório de advocacia que mantinha vínculo com a Administração da cidade por meio de contratos firmados com dispensa de licitação. Anteriormente, o Poder Judiciário já havia determinado a quebra do sigilo bancário dos investigados e, em nova decisão, deferiu o pedido da Procap do MPCE para que fossem cumpridos os 12 mandados de busca e apreensão.

A investigação

A investigação, que teve início em 2018 após denúncia feita à Procap, apura a prática de crimes contra a administração pública e fraude em licitação cometidos na Prefeitura Municipal de Pacatuba entre os anos de 2017 e 2022.

Segundo a Procap, ficou constatado indícios de direcionamento indevido de licitação e posterior dispensa de licitação em favor do escritório de advocacia que mantinha contratos com a Prefeitura de Pacatuba. Também foi observado que o escritório jurídico não estaria prestando os serviços firmados em contrato. Os valores pagos pela Administração municipal à empresa ultrapassam R$ 1,4 milhão.

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