MPCE requer na Justiça cadeira de rodas para adolescente de Iracema


Logomarca MPCEO Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), por meio da Promotoria de Justiça da Comarca de Iracema, entrou com uma ação civil pública, na última segunda-feira (06/03), contra o Governo do Estado requerendo assistência dos órgãos de saúde para um adolescente morador da cidade de Iracema, a 285 km de Fortaleza.

O promotor de Justiça Alan Moitinho solicitou a concessão da tutela de urgência incidental para que o Estado do Ceará viabilize, imediatamente, a concessão de uma cadeira de rodas, de acordo com as especificações do relatório médico, fraldas descartáveis, alimentação específica para constipação intestinal e dois medicamentos de alto custo: cefalexina e oxibutinina.

Além de possuir diagnóstico de bexiga neurogênica secundária à mielomeningocele, o adolescente é portador de pé torto congênito. A mielomeningocele é uma malformação congênita da coluna vertebral da criança, que dificulta a função primordial de proteção da medula espinhal, e quando a medula espinhal nasce exposta, muitos dos nervos podem estar traumatizados ou sem função.

Em caso de descumprimento de decisão favorável, a Promotoria de Justiça deseja que seja aplicada multa diária ao Estado, no valor de cinco mil reais, e ao secretário de Saúde Henrique Javi, no valor de mil reais, como forma de coerção aos entes públicos. Que caso o Governo alegue não possuir recursos para cumprir a decisão da Justiça, que verbas de publicidade sejam realocadas para tal fim.

Além de possuir diagnóstico de bexiga neurogênica secundária à mielomeningocele, o adolescente é portador de pé torto congênito. A mielomeningocele é uma malformação congênita da coluna vertebral da criança, que dificulta a função primordial de proteção da medula espinhal, e quando a medula espinhal nasce exposta, muitos dos nervos podem estar traumatizados ou sem função.

Segundo o promotor de Justiça, a mãe do paciente buscou dialogar com Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (SESA) para solucionar o caso, entregando diversos documentos solicitados para atender as recomendações médicas, porém, após quase dois anos de espera, a pasta não apresentou resposta concreta para solucionar o problema.

“Sendo a saúde um direito de todos constitucionalmente protegido e garantido pelo ordenamento pátrio, não há como perdurar a presente situação de quase dois anos de inércia, em que o Estado Demandado – a despeito de dispor de condições de minimizar o drama vivenciado pelo paciente-cadeirante, atua com total descaso no tocante à saúde daquele cidadão. Além da ausência do fornecimento da cadeira de rodas, o Estado do Ceará vem violando gritantemente os direitos do cidadão, ao não fornecer fraldas descartáveis, alimentação especial e medicamentos, embora com prescrição médica”, argumenta Alan Moitinho na petição.

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Ministério Público do Estado do Ceará

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