A visita institucional da comitiva formada por conselheiros e membros do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) ao Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) encerrou, no final da manhã desta terça-feira (25), com a certeza de que as ações inovadoras desenvolvidas pelo MPCE serão sugeridas e replicadas no próximo encontro do Conselho Nacional de Procuradores-Gerais do Ministério Público dos Estados e da União.
O procurador-geral de Justiça do Estado do Ceará, Manuel Pinheiro Freitas, declarou estar animado com os bons frutos gerados pelas novas ideias originadas no MP cearense e que são abraçadas pelos conselheiros do CNMP. “Fico muito entusiasmado pelos cérebros brilhantes que estão nesta sala em contribuírem para a elevação do nível instrumental em todo o Ministério Público brasileiro. Entramos num ciclo virtuoso e as soluções serão implementadas, porque temos capital humano dedicado para fazer a diferença na vida das pessoas”, destacou.
De acordo com o conselheiro do CNMP Moacyr Filho, o projeto de Inovação e Transformação Digital no MPCE será explicado durante a próxima sessão do CNPG. “Precisamos ter essa visão nacional, o engajamento e sensibilização de todos os procuradores-gerais, para termos a legitimidade na tomada de decisões. Vamos pegar sistemas de referência nacional e agregá-los num grande repositório”, entende.
Por sua vez, o procurador distrital dos Direitos do Cidadão do MPDFT, José Eduardo Sabo Paes, enfatizou que a transformação digital do MPCE será objeto de integração em âmbito nacional. “Lanço o desafio de que nos conheçamos melhor, porque é interessante o compartilhamento direto, criando redes e metas fomentadas de identificação. Antes, o cearense valente não planejava. Hoje, o MP dá um salto decisivo na transformação digital que devemos replicar”, disse ao elogiar o trabalho desenvolvido pelas recentes gestões, bem como pelo tratamento receptivo. O vice-procurador geral de Justiça do MPDFT, André Vinícius Espírito Santo de Almeida, também agradeceu os palestrantes pelo “brilhantismo nas exposições” e sugeriu que o Comitê de TI nacional do Ministério Público fosse mais aproveitado em projetos destinados à inovação.
No segundo dia do encontro, foram apresentados painéis gráficos de dados gerenciais construídos a partir de Business Intelligence (BI). A primeira palestra contou com a exposição do “BI de Produtividade” pelo secretário-geral da Procuradoria Geral de Justiça, promotor de Justiça Haley Filho, e pela coordenadora da Assessoria de Planejamento e Gestão (Asplan), Ticiana Sampaio.
Iniciado no final de 2018 pela necessidade de redirecionamento da força de trabalho, o BI de Produtividade teve o apoio da consultoria EloGroup, na elaboração do modelo de produtividade e reestruturação organizacional. O projeto quebrou paradigmas por oferecer ferramentas para apoiar as decisões da alta administração por meio de análises qualitativas. “Antes, não havia dados e as decisões da alta administração eram tomadas sem uma análise técnica e fomos buscar novos conceitos de resolutividade em outros MPs para a nossa gestão, trazendo a noção de eficiência que não corresponde necessariamente à produtividade, para identificar carências”, informou Haley Filho.
A segunda palestra sobre o “Mapa Social do Ceará” foi apresentada pelo promotor de Justiça e coordenador do Laboratório de Inovação (Lino) do MPCE, Hugo Porto Neto, e pelo analista de Tecnologia da Informação do Lino, Eniezio Filho. Dentro do planejamento de gestão e compartilhamento de dados, o Lino ficou com a missão de gerar a política de compartilhamento, tanto de bases públicas como de bases privadas.
O Mapa Social do Ceará possui várias temáticas, possibilitando a criação de um repositório de dados, com painéis de BI relacionados a fornecimento de energia, água potável, saneamento básico, limpeza urbana, segurança pública, saúde e educação. “Os indicadores são de projetos piloto e oferecemos aos promotores de Justiça alertas baseados nos rankings em diversas áreas. A ideia é fazer com que haja políticas públicas voltadas a solucionar os problemas identificados. Estamos à disposição para contribuir em não haver retrabalho ou energia desperdiçada a partir da troca de boas práticas”, disse Hugo Porto.