Contrabandista iraniano, Farhad Marvizi, é sentenciado a 17 anos de prisão por assassinato


O Conselho de Sentença da 2ª Vara do Júri da Comarca de Fortaleza, sentenciou, no dia 05, o iraniano Farhad Marvizi à pena de 17 anos de reclusão (prisão inicialmente em regime fechado), pela prática do crime de homicídio consumado e qualificado por meio torpe e com recurso que dificultou a defesa do ofendido, conforme previsto no artigo 121, parágrafo 2º, incisos I e IV) do Código Penal contra a vítima F.F.H.F. 

O crime causou grande comoção social e teve grande repercussão na imprensa cearense. O então administrador das lojas American Celular e Tagarela, F.F.H.F., foi assassinado no dia 08 de julho de 2010, por volta das 19h, no cruzamento das ruas Padre Valdevino e João Cordeiro, no bairro Aldeota, quando teve seu veículo interceptado por dois indivíduos em uma motocicleta, sendo alvejado por diversos tiros. 

Paralelamente às investigações desse caso, estava em andamento, também, a “Operação Canal Vermelho”, levada a cabo pela Polícia Federal, buscando apurar o crime de tentativa de homicídio cometido contra o auditor fiscal da Receita Federal J.J.F., ocorrido no dia 09 de dezembro de 2008. O crime cometido contra J.J.F. também teve Farhad Marvizi como autor intelectual, sendo aplicado o mesmo modus operandi no crime contra F.F.H.F. 

Segundo foi apurado, Farhad trazia eletrônicos de forma ilegal, que vendia em sua loja a preços muito inferiores do que os praticados pelos concorrentes que compravam os produtos legalmente, com nota fiscal. A vítima teria passado a informar o auditor acerca da ilegalidade das mercadorias do iraniano, como apresentado em relatório elaborado pela Polícia Federal. 

Por sua vez, o auditor passou a fiscalizar a loja de Farhad Marvizi, realizando diversas apreensões de mercadorias. Isso foi o bastante para que Farhad lhe decretasse a sentença de morte, fato que apenas não se consumou por circunstâncias alheias à vontade dos agentes. 

O grupo criminoso capitaneado por Farhad Marvizi também executou, no dia 02/08/2010, o casal C.J.M.M. e M.E.M., como queima de arquivo, pois vinham colaborando com as investigações desenvolvidas pela Polícia Federal.

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