MPCE conclui curso para mediadores comunitários no bairro Parangaba em Fortaleza


O Programa Núcleos de Mediação Comunitária (Pronumec), do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), realizou, na tarde desta sexta-feira (22/07), o encerramento da parte teórica do curso para formação de mediadores do Núcleo de Mediação Comunitária do bairro Parangaba, em Fortaleza. A capacitação, voltada para moradores da região e realizada na Escola Estadual General Eudoro Corrêa, foi ministrada pela assessora técnica do Pronumec do MPCE, Patrícia Palhano da Costa. 

Para a servidora do Pronumec, a turma do bairro Parangaba reflete o novo perfil do mediador comunitário, graças ao maior interesse da população pelo voluntariado. “Tem advogado, professor, psicóloga, dona de casa, aposentado, então é uma turma bem eclética, o que valoriza bastante o curso, já que conseguimos trabalhar com diferentes visões”, destaca.  

Segundo ela, que trabalha no Pronumec desde 2007, aqueles que participam da resolução de conflitos por meio da mediação comunitária saem de lá diferentes. “Eles chegam na mediação olhando só pra si e, graças ao diálogo, eles vão entendendo o lado da outra pessoa, desfazendo maus entendidos. Em resumo, conseguem reconhecer esse outro”, frisa. 

Formado em Educação Física, José Wilriston Nunes sempre teve curiosidade em conhecer mais sobre a Mediação Comunitária e, por isso, resolveu se inscrever. Sobre o curso, cuja parte teórica se encerrou hoje, ele é só elogios. “Um aprendizado que vou levar para a vida toda”, acrescenta. 

A professora de Biologia Silvia Farias também participou da capacitação. Ela se interessou pela iniciativa ao ver um cartaz que informava acerca da abertura das inscrições em uma das paredes da escola onde trabalha. “Em um mundo tão cheio de violência, o diálogo é o melhor remédio para a resolução dos conflitos”, resume. 

Outra que participou do curso no bairro Parangaba foi Ana Paula Militão. Atualmente desempregada, ela confessa que sempre se interessou pelo voluntariado e em ajudar as pessoas a resolverem os seus conflitos. “A mediação comunitária faz as pessoas enxergarem dentro do conflito algo que pode ser bom para ambas as partes”, expõe.  

A advogada Carine Milfont ressalta que o seu desejo de participar do curso de mediação é antigo. “Tentei fazer [o curso] antes, mas não consegui”, relembra, pontuando que, à época, as inscrições já haviam se encerrado. Ela frisa o quão importante é o trabalho da mediação comunitária. “É super importante que as pessoas se escutem e achem uma solução para os seus próprios problemas”, comenta. 

O líder comunitário e missionário Marcus Paulo Ribeiro estava entre os concludentes da parte teórica do curso. Ele reforça que o trabalho dos mediadores comunitários contribui para uma sociedade mais fraterna, justa e digna. “Através da mediação, podemos ser um instrumento de paz na busca pela resolução dos conflitos”, finaliza. 

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