O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), por meio da 16ª Promotoria de Justiça de Caucaia, através do Promotor Jairo Pequeno Neto e a Delegacia de Roubos e Furtos, sob comando do delegado Eduardo Tomé, e o Exército Brasileiro, através da 10ª Região Militar, realizaram uma operação conjunta, nessa terça-feira (19/12), que resultou no cumprimento de mandados de prisão contra dois CACs (sigla para Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador), e 5 mandados de busca e apreensão, nos municípios de Fortaleza e Caucaia, contra indivíduos suspeitos de comércio ilegal de arma de fogo, entre outros crimes.
As investigações tiveram início em novembro de 2022 com a informação de um suposto furto de 16 armas de fogo, dentre elas, carabinas, pistolas, revólveres e fuzis, que estariam armazenados no apartamento de Mychell Egídio Torquato Oliveira, localizado no Parque Potira, em Caucaia, fato supostamente ocorrido no dia 15 de julho de 2022 e comunicado 4 meses depois.
Após um ano de investigação, chegou-se a identificação de que a suposta vítima, um Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC), estaria comercializando ilegalmente as referidas armas para terceiros, utilizando inclusive de documentação falsa para omitir os receptadores dos armamentos.
Em 11 de dezembro de 2023, o MPCE solicitou a busca e apreensão com quebra do sigilo de dados com prisão temporária e com sequestro de bens e quebra do sigilo bancário, em desfavor dos investigados Mychell Egídio Torquato Oliveira e Francisco Paulo Henrique do Nascimento Lima, por supostas práticas delituosas tipificadas no Código Penal Brasileiro (CPB) e no Estatuto do Desarmamento.
Conforme ainda as investigações os presos adquiriam armas de outros CACs e revendiam após rasparem a numeração e simularem furto.Dentre o armamento comercializado estão vários 09 fuzis, 08 pistolas e 03 revolveres e uma espingarda 12. Foram sequestrados veículos de luxo supostamente adquiridos com as negociações das armas. As armas eram adquiridas de outros atiradores desportistas, por preços acima do mercado, e vendidas por valores ainda maiores.
Conforme o Promotor de Justiça, Jairo Pequeno Neto, as investigações buscam agora localizar e apreender as armas , bem como identificar as pessoas que as adquiriram ilegalmente, para que sejam responsabilizadas pelos crimes cometidos.