O Ministério Público do Estado do Ceará, por meio da Coordenação do Programa dos Núcleos de Mediação Comunitária (Pronumec), concluiu nesta sexta-feira (30/05) a etapa teórica do Curso de Mediação Comunitária de Caucaia. O encerramento ocorreu no auditório do prédio das Promotorias de Justiça da cidade e contou com a presença da promotora de Justiça e gerente de projetos do Pronumec, Ana Claudia Uchôa, além de servidores e representantes do núcleo. Ao todo, 35 participantes encerraram a etapa e vão iniciar a fase prática no dia 2 de junho.
“Estamos aqui para fazer a diferença e levar um pouco de paz e diálogo para a comunidade. Por isso, o núcleo segue trabalhando na capacitação de novos mediadores e na atualização dos antigos”, explicou a promotora de Justiça.
A capacitação foi ministrada pela assessora técnica do Pronumec, Patrícia Palhano. “No decorrer do curso, os participantes passam por um processo de transformação e aprendem técnicas que ajudam a desenvolver novas habilidades comunicacionais e socioemocionais úteis para vida pessoal e profissional”, afirmou.
Palestra
Após a abertura, foi realizada uma apresentação sobre voluntariado e inclusão social que abordou a história do mediador Pedro Henrique Leite, contada pela mãe dele, a psicóloga Aline Barranco. Pedro atuou por três anos no Núcleo de Mediação da Caucaia e sua trajetória no Núcleo deixou um legado de aprendizado e transformação social. “Pedro sempre dizia que, quando uma pessoa entra com uma história de mediação no núcleo, ela não é apenas uma história, é uma pessoa com uma dor e merece todo o acolhimento”, lembrou Aline. A dedicação e o amor pela mediação eram tão grandes que seu último pedido antes de falecer, em 2023, foi para ser cremado com a blusa do núcleo de mediação, tamanha a importância desse trabalho em sua vida. Ao final, os participantes exercitaram os aprendizados do curso com simulações de mediação.
Participantes
Para a assistente social Natanaela da Silva o curso ensina técnicas que podem ser aplicadas no trabalho e na vida. “Aqui aprendemos a saber acolher, a ter uma escuta ativa e a dialogar”, relatou.
Já a professora Lidiane Barbosa relata que o curso despertou o autoconhecimento. “Às vezes, a gente já é um ‘mediador’ e não sabe. Eu sempre fui e não sabia. Agora vou trabalhar a mediação na escola, ajudando a solucionar conflitos no âmbito escolar e familiar dos discentes”.
O curso é realizado pelo Programa Núcleos de Mediação Comunitária (Pronumec) e pelo Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (CEAF), com apoio da Escola Superior do Ministério Público (ESMP).