MPCE denuncia três suspeitos de aplicar golpe milionário contra condomínios de Fortaleza e Região Metropolitana 


O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), por meio da 97ª Promotoria de Justiça de Fortaleza, denunciou, na última terça-feira (14/11), três pessoas acusadas de aplicar golpe em pelo menos 11 condomínios da capital e Região Metropolitana. A denúncia acusa o trio de crimes de estelionato e falsidade ideológica, de acordo com os artigos 171 e 299 do Código Penal Brasileiro. 

Os acusados são Edson Sales de Oliveira, Rodolfo Walison Oliveira Rodrigues e Larissa Ellen de Oliveira Rodrigues. Segundo consta na denúncia apresentada pelo promotor de Justiça Marcus Amorim, Edson e Rodolfo eram sócios-proprietários da empresa Marrero Predial Administradora de Condomínios Ltda., que, desde 2016, prestava serviços de administração condominial. A empresa era contratada para realizar funções relativas às finanças de condomínios, como cobrar taxas e pagar dívidas, além de serem responsáveis por prestar contas com seus contratantes.  

Contudo, segundo consta nos autos da denúncia feita pelo MPCE, os denunciados arrecadavam o dinheiro dos condôminos em benefício próprio e não quitavam as dívidas dos condomínios. A dupla forjava boletos de pagamento referentes às taxas e receitas mensais dos condomínios contratantes dos serviços, de modo que o dinheiro arrecadado seguia para a conta da empresa.

O esquema criminoso foi descoberto em 2023, após os condomínios lesados receberem cobrança de débitos acumulados da Receita Federal e de prestadores de serviços de água, energia, etc. Ao todo, o MPCE calcula que o prejuízo das vítimas pode chegar a R$ 1 milhão. 

Durante as investigações, realizadas pela Delegacia de Defraudações e Falsificações, foi descoberto ainda que a dupla abriu uma nova empresa, chamada Arpoador Gestão Condominial Ltda., em nome de Larissa Ellen de Oliveira Rodrigues, irmã de Rodolfo, na tentativa de escapar do inquérito policial e possivelmente dar continuidade ao esquema criminoso. Em outubro deste ano, uma operação da Polícia Civil resultou na prisão preventiva de Edson e Rodolfo. A Justiça também autorizou contra eles busca e apreensão domiciliar, bloqueio de bens, quebra de sigilo bancário e suspensão de atividades econômicas. 

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