O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) promoveu, nesta terça-feira (26/10), mais uma reunião virtual para discutir a efetivação da Lei Municipal nº 10.668/2018, na qual consta a obrigatoriedade da realização de exames de visão e audição pelos alunos da rede pública de ensino. O encontro virtual, realizado pela Plataforma Microsoft Teams, contou com a presença de representantes do MPCE, da Prefeitura de Fortaleza e do Estado do Ceará. No encontro virtual, também foram discutidas articulações entre Secretarias do Município de Fortaleza e a Secretaria da Saúde do Estado (SESA), visando assegurar a realização dos exames de visão e audição pelos alunos, além de prover estes das órteses (óculos/lentes/aparelhos auditivos) que necessitam. A discussão a respeito do assunto torna Fortaleza um caso piloto no Ceará, no entanto, o objetivo do MPCE é discutir a aplicação das medidas em outras cidades do Estado.
Na abertura do encontro virtual, o coordenador do Centro de Apoio Operacional da Cidadania (CAOCIDADANIA), promotor de Justiça Hugo Porto, fez um breve histórico sobre o tema, em que contextualizou a necessidade da reunião. O membro do MPCE também destacou que a Secretaria Municipal de Educação (SME) ficou responsável por articular um plano para propor a execução do que dispõe a Lei nº 10.668/2018.
Em sua fala, o secretário-adjunto da Educação de Fortaleza, Jeferson Maia, informou que será feito um mapeamento das pessoas com deficiência e com necessidades no campo visual. Segundo Maia, com base em informações fornecidas pelas famílias no ato de matrícula, foram identificadas 111 crianças com necessidades de órtese (óculos/lentes) em escolas da rede pública de ensino da Capital cearense. As crianças em que for identificada a necessidade de cirurgia, de acordo com o gestor, serão encaminhadas à Secretaria da Saúde de Fortaleza. A SME também se comprometeu em entregar órteses (óculos/lentes de contato) aos estudantes até o final deste ano.
Após a apresentação das informações pela SME, o coordenador do CAOCIDADANIA destacou que não foram incluídos no plano os alunos com necessidades auditivas e pediu para que os estudantes que precisem de aparelhos auditivos também sejam contemplados. Para tanto, o promotor de Justiça Hugo Porto solicitou que, em 30 dias, a Secretaria da Educação de Fortaleza apresente uma proposta contemplando tanto alunos com deficiência auditiva quanto visual.
Dentre os outros pontos discutidos na reunião, estão: o fluxo do financiamento das órteses; as dificuldades do Estado com a grande fila de demandas por cirurgias infantis; visitas de profissionais clínicos às escolas com crianças que necessitam realizar exames de visão e audição; e utilização do Programa de Saúde da Escola para a realização dessas visitas.
Representando o MPCE, participaram do encontro virtual: o coordenador do CAOCIDADANIA, promotor de Justiça Hugo Porto; a coordenadora auxiliar do Centro de Apoio Operacional da Saúde (CAOSAÚDE), promotora de Justiça Helga Tavares; a promotora de Justiça atuante na área da Educação, Emilda Afonso; a servidora do Centro de Apoio Operacional da Educação (CAOEDUC), Maiza de Araújo; e a estagiária do CAOEDUC, Sofia Carneiro.
Também participaram da discussão: o secretário-adjunto da Educação de Fortaleza, Jeferson Maia; a coordenadora jurídica da SME, Daniele Queiroz; Nayara Cardoso e Kerginaldo Freitas, também representantes da Secretaria Municipal da Educação; o coordenador especial da Inclusão de Pessoas com Deficiência na Prefeitura Municipal de Fortaleza e representante da Secretaria dos Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SDHDS), Emerson Damasceno; a representante da Célula da Atenção Primária da Secretaria Municipal da Saúde de Fortaleza, Luciana Passos; a técnica da Saúde da Pessoa com Deficiência, Isabel Cabral; a técnica da Saúde do Adolescente, Fátima Galvão; além de representantes da Secretaria da Saúde do Estado (SESA).
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