O Ministério Público do Estado do Ceará esteve, na última quarta-feira (14/08), no Centro Socioeducativo Cardeal Aloísio Lorscheider (CSCAL), no bairro Planalto Ayrton Senna, em Fortaleza, durante ação piloto do projeto “Reviver com o MP”. A visita foi feita pelo promotor de Justiça Sérgio Louchard, titular da 1ª Promotoria de Justiça da Infância e Juventude de Fortaleza, idealizador da iniciativa onde tramita o procedimento a pedido da SEAS. O intuito é de acompanhamento das oficinas de artes para auxiliar no processo de ressocialização dos adolescentes internos do sistema na capital do Estado.

Ao longo da visita, o membro do MP do Ceará conversou com integrantes da administração, em ambiente multidisciplinar, do CSCAL e com adolescentes que cometeram atos infracionais e estão em processo de socioeducação. Na oportunidade foram abordados duas turmas, a de arte culinária e de arte e desenho em Grafite. Os socioeduandos da oficina de grafite tiveram ainda a oportunidade de participar de uma dramatização simulando diálogos e episódios que possam ser vivenciados por eles após a saída do sistema. A ideia foi proporcionar uma reflexão sobre quais escolhas eles podem fazer em prol da ressocialização dentro do espírito da socioeducação prevista pelo ECA.

Segundo o promotor de Justiça Sérgio Louchard, o “Reviver com o MP” é uma iniciativa estratégica que se inicia e está em aprimoramento para contribuir com a ressocialização dos egressos do sistema, permitindo que eles continuem a progredir quando em liberdade ampliando suas consciências de cidadãos. “Enquanto eles estão no sistema socieducativo, o projeto busca reforçar o nível de conscientização dos jovens para que não voltem a infracionar quando saírem do sistema socioeducativo. A ideia é reforçar valores como bem-estar da sociedade, respeito à família, obediência a suas famílias e retorno ao estudo regular, para afastá-los dos ambientes de vulnerabilidade e violência social. Buscamos um crescimento pessoal dos jovens. É um trabalho de conscientização que envolve conversas com eles, equipes técnicas e socioeducadores”, afirma.