O Ministério Público do Estado do Ceará, recebeu, nesta quarta-feira (9), na sede das Promotorias de Justiça de Fortaleza , alunos com deficiência da rede municipal de ensino para uma manhã educativa durante a 2ª edição do projeto “O MP e a Primeira Infância”. De forma lúdica, elas aprenderam a reconhecer situações de violência sexual e como acionar uma rede de proteção. A ação é uma iniciativa do Centro de Apoio Operacional da Infância e da Juventude (Caopij) e do Centro de Apoio Educação (Caoeduc).
Com o livro “Menino Bernardo” em mãos, a própria autora e assistente social Mônica Mota contou a história para as crianças. “O livro fala sobre um menino com deficiência física muito querido por todos e que conhece seus direitos como criança. Certo dia, um adulto diz que quer tocar em seu corpinho. Ele diz não e assim chama atenção dos adultos, que o protegem”, leu. Sentada no chão rodeada pelos alunos, a escritora falou sobre consentimento e ensinou para os pequenos que existem partes do corpo que não podem ser tocadas.
O propósito da ação é informar para essas crianças como identificar possíveis e potenciais agressores. “Nesta edição estamos focando naquelas crianças que são mais vulneráveis, que são portadoras de algum tipo de transtorno ou de deficiência física. Aqui elas aprenderam a reconhecer toques inadequados e como acionar a rede de apoio. É um trabalho preventivo que deve contar com apoio de todos os segmentos da sociedade” afirmou o coordenador do Caopij, promotor de Justiça Lucas Azevedo.
A coordenadora do Caoeduc, procuradora de Justiça Elizabeth Almeida reforçou o trabalho do MP do Ceará nas escolas com o ” Projeto PREVINE – Violência nas Escolas Não “, agora um programa que busca fomentar e acompanhar a implementação das comissões nas escolas, sejam públicas ou privadas. “A escola não pode ser só vista como aquela escola notificadora, mas como um espaço que pode prevenir a violência por meio de rodas de conversa e de uma escuta ativa”, afirma.
Depois da leitura do livro, as crianças lancharam e foram para o espaço multiuso do prédio, onde se divertiram com diversas atividades, entre elas: escultura com balões, pinturas no gesso, no papel, além de pinturas faciais.
Para a mãe atípica, Suely Araújo, a 2ª edição do Projeto Primeira Infância foi um momento de acolhimento para Samuel, de sete anos “Foi uma manhã rica para nós dois. Muito importante ter a base escola, família e saúde trabalhando de forma conjunta.” reforçou.