MP do Ceará atuou no mês de junho em 74 Júris que resultaram na condenação de 56 réus  


O Ministério Público do Estado do Ceará, por meio da Secretaria Executiva das Promotorias de Justiça do Júri de Fortaleza, atuou em 74 julgamentos no mês de junho. As sessões, realizadas em Varas do Júri da capital, resultaram em 56 réus sentenciados e contabilizaram penas que somam 740 anos de prisão. Os casos foram julgados a partir de denúncias feitas pelo MP do Ceará, referentes a crimes dolosos contra a vida, como homicídio e organização criminosa.   
 
O julgamento que decorreu na maior pena aconteceu no dia 24 de junho de 2024. Na ocasião, cinco pessoas foram sentenciadas a um somatório de 111 anos e 3 meses de reclusão pelos crimes de homicídio e participação em organização criminosa. Outro Júri com pena prolongada ocorreu no dia 17 de junho. O julgamento resultou na sentença de um réu a 26 anos e 7 meses de reclusão pelo crime de homicídio e por integrar organização criminosa.  

Os dois júris ocorreram como parte do programa Tempo de Justiça, que tem por finalidade julgar o caso no menor período possível após a prática do crime. No julgamento de condenação mais extensa, os cinco réus foram acusados pela morte de J.E.R.F., um despachante do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) morto por engano. Na ocasião, Ruan Dantas da Silva foi condenado a 15 anos e 7 meses de reclusão; Francisco Kelson Ferreira do Nascimento, a 21 anos e 10 meses de reclusão, Francisco Leudo Augusto da Silveira, a 35 anos e 6 meses de reclusão, Joel Anastácio de Freitas, a 16 anos e 6 meses de reclusão e Fernando Alves de Santana a 21 anos e 10 meses de reclusão.   

A vítima morreu no bairro Jardim União, em 28 de janeiro de 2018, atingida por disparos de arma de fogo. Segundo a denúncia feita pelo MP do Ceará, à época, os coautores integravam uma organização criminosa e tinham como alvo outra pessoa, de uma facção rival. O engano aconteceu porque J.E.R.F. estava em um carro igual ao da pessoa que era alvo da ação criminosa, mas não tinha qualquer envolvimento com o crime ou com organização criminosa.  

O outro júri se refere à vítima J.F.S., morto por disparos de arma de fogo no dia 4 de fevereiro de 2020 no bairro Cristo Redentor. O réu Antônio Alves de Araújo foi sentenciado a 26 anos e 7 meses de reclusão pelo crime de homicídio e por integrar facção criminosa. Segundo a denúncia, a vítima morreu a pedido de uma sobrinha.  

O Tempo de Justiça é uma parceria entre o Ministério Público do Estado do Ceará, o Tribunal de Justiça do Estado do Ceará, a Defensoria Pública do Estado do Ceará e a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social, com apoio técnico da Vice-Governadoria do Estado.    

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