Após pedido do MP do Ceará, Justiça determina afastamento de prefeito de Itapiúna por fraude em contratações


Após Ação Civil Pública por improbidade administrativa ajuizada pelo Ministério Público do Estado do Ceará, a Justiça determinou, nessa terça-feira (11/12), mais uma vez, o afastamento do prefeito de Itapiúna por 90 dias, além do bloqueio de bens do gestor. Ele e os secretários municipais de sua gestão são suspeitos de cometer fraudes em contratações públicas.  A decisão é um desdobramento da Operação “Pedra Negra”, realizada em junho de 2024 pelo Grupo Especial de Combate à Corrupção (Gecoc) e pela Promotoria de Justiça de Itapiúna, que resultou no afastamento dos gestores públicos à época. 

De acordo com o MP do Ceará, houve fraude em processos licitatórios e desvio de recursos públicos em contratações realizadas pela Prefeitura de cooperativas de serviços. Também foi constatada a ausência de fiscalização adequada na execução dos contratos, resultando em prejuízos aos cofres municipais em mais de R$ 8 milhões de reais. O bloqueio de bens do gestor foi decretado para garantir o ressarcimento ao erário, em caso de condenação.  

“Essa decisão representa mais um passo importante na busca pela responsabilização dos envolvidos e pela construção de uma administração pública transparente e comprometida com o interesse coletivo”, reforçou a titular da Promotoria de Justiça de Itapiúna, promotora de Justiça Mayara Menezes.  

Operação “Pedra Negra”

A operação foi deflagrada na manhã do dia 6 de junho de 2024 com o cumprimento de 20 mandados de busca e apreensão nas cidades cearenses de Baturité, Capistrano, Fortaleza e Itapiúna, e o afastamento do prefeito e dos secretários municipais por 90 dias.  Segundo investigações, que ainda seguem em curso, há suspeitas de irregularidades na contratação de mão de obra de cooperativas, feita pela Prefeitura de Itapiúna. O MP do Ceará aponta que as licitações foram fraudadas com a anuência dos gestores afastados. Os serviços não estariam sendo executados de forma efetiva e ainda sem fiscalização adequada por parte da Prefeitura e das secretarias municipais. 

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