MP do Ceará e Defensoria Pública se reúnem para debater próximos júris do Caso Curió 


Em reunião na sede da Procuradoria Geral de Justiça, nesta terça-feira (25/02), representantes do Ministério Público do Ceará e da Defensoria Pública do Estado se reuniram para alinhar estratégias para o quarto júri popular da chacina do Curió, marcado para o próximo dia 17 de março. O julgamento levará ao banco dos réus sete acusados de cometer o crime em novembro de 2015, quando 11 pessoas foram assassinadas na Grande Messejana, em Fortaleza. 

 “É fundamental mantermos esse ambiente de cooperação, que tem nos permitido alcançar êxito diante no caso. Tanto o MP quanto a Defensoria trabalham com o mesmo objetivo de trazer respostas à população cearense e, em especial, aos familiares das vítimas que continuam na luta por justiça”, afirmou o procurador-geral de Justiça, Haley Carvalho. 

O subdefensor-público-geral, Leandro Sousa Bessa, ressaltou que a reunião dá continuidade ao trabalho conjunto das duas instituições no Caso Curió. “O MP realiza um trabalho brilhante, assim como a Defensoria, enquanto assistente de acusação. Este é mais um momento que nos reunimos para debater uma atuação estratégica e estabelecer diretrizes para os próximos júris, visando potencializar o nosso trabalho diante do caso”, reforçou. Até a realização do júri, estão previstas outras reuniões de alinhamento entre as duas instituições, além de encontros de apoio às vítimas e seus familiares e com movimentos e outras iniciativas ligadas ao Caso Curió. 

Também participaram do encontro a subprocuradora-geral de Justiça de Governança do MP, Daniele Fontenele; a promotora de Justiça que atua no caso, Alice Iracema; e os defensores públicos Muniz Freire, Elizabeth Chagas, Gina Moura, Márcio Maranhão e Lia Felismino.  

Chacina  

A Chacina do Curió ocorreu na noite e madrugada dos dias 11 e 12 de novembro de 2015, respectivamente, em nove locais da Grande Messejana, em Fortaleza. Foram 11 vítimas fatais, além de três vítimas de tentativas de homicídio e quatro de torturas. Segundo investigação do Ministério Público, os crimes de homicídio foram cometidos por policiais militares, após a morte de um colega de corporação na noite do dia 11 de novembro de 2015, vítima de latrocínio. 

Da denúncia encaminhada pelo Ministério Público ao Poder Judiciário, se tornaram réus 44 dos 45 denunciados. No decorrer do processo, a Justiça proferiu decisão de pronúncia para 34 réus e impronunciou os outros 10 por ausência de indícios suficientes de autoria ou de participação nos delitos. Do total de pronunciados, três tiveram o declínio de competência para a Vara de Auditoria Militar e um faleceu durante a tramitação, restando, portanto, 30 acusados para serem julgados na Justiça Estadual. 20 deles foram julgados pelo Tribunal do Júri em 2023. Seis foram condenados.  

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Ministério Público do Estado do Ceará

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