Após atuação do MP, dois réus da chacina da Sapiranga são condenados a mais de 250 anos de prisão em Fortaleza - MPCE

Após atuação do MP, dois réus da chacina da Sapiranga são condenados a mais de 250 anos de prisão em Fortaleza


O Tribunal da 1ª Vara do Júri de Fortaleza acatou as teses apresentadas pelo Ministério Público do Ceará e sentenciou Nilson Lima Nogueira Filho, conhecido como “Berinjela”, e ⁠Vinícius Rian Inácio da Silva, vulgo “VN”, a mais de 250 anos de prisão, cada. Os dois réus foram julgados por participação na chacina da Sapiranga, ocorrida em Fortaleza no dia 25 de dezembro de 2021. O MP do Ceará foi representado pelo promotor de Justiça Marcus Renan Palácio de Morais Claro dos Santos. Os réus foram condenados por seis homicídios consumados, cinco homicídios tentados, além dos crimes de organização criminosa e corrupção de menores.

O júri foi concluído às 23h51 dessa quinta-feira (18/09), e condenou Nilson a 295 anos e 5 meses de prisão, além de 33 dias-multa, e Vinicius a 262 anos e 25 dias de prisão, bem como 26 dias-multa. Nesse primeiro júri, apenas dois réus foram julgados. Os outros 21 denunciados aguardam julgamento de recursos apresentados contra a pronúncia, que serão analisados pelo Tribunal de Justiça do Estado do Ceará.

“Esse tipo de conduta exige do sistema de justiça como um todo uma resposta eficaz e eficiente e contribui para inibir ou desestimular os protagonistas, os quais chegam até mesmo a rivalizar com o próprio Estado constituído. Em contraposição à ousadia desses grupos criminosos que não hesitam em afrontar a sociedade e o próprio ente federativo, deve ser promovida, no mínimo, uma severa punição”, destaca Marcus Renan Palácio de Morais Santos.

O crime

A chacina ocorreu na madrugada do dia 25 de dezembro de 2021, em uma festa de Natal no bairro Sapiranga, em Fortaleza. Seis pessoas foram mortas e cinco ficaram feridas. Conforme as investigações, o crime ocorreu após duas chefias de uma facção que atuava na comunidade da Fronteira, Raí César Silva Araújo (vulgo “Jogador”) e João Ricardo Sousa da Silva (vulgo “Das Facas”) migrarem para outro grupo criminoso. Os dois uniram-se aos outros réus para executar todos aqueles que decidiram permanecer na facção anteriormente comandada por Raí e João Ricardo. A denúncia foi apresentada pelo Ministério Público em 20 de janeiro de 2022.

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