O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) reuniu nesta quinta-feira (13/04) representantes de veículos de comunicação e de instituições relacionados ao jornalismo para discutir, virtualmente, diretrizes sobre a cobertura da imprensa nos atos referentes à violência nas escolas. Mediado pela Secretaria de Comunicação (Secom) do MP, o encontro contou com a participação de membros do Centro de Apoio Operacional da Infância e Juventude (Caopij) e do Centro de Apoio Operacional Criminal (Caocrim).
Representando o MPCE, estiveram presentes os promotores de Justiça Lucas Azevedo, coordenador do Caopij, e Juliana Mota, coordenadora do Caocrim, bem como o secretário de Comunicação da instituição, Reginaldo Aguiar. Também participaram jornalistas dos principais grupos de comunicação do Ceará e de veículos de imprensa do interior, além de representantes da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Ceará (Sindjorce) e da Associação Cearense de Imprensa (ACI).
Na ocasião, o promotor de Justiça Lucas Azevedo ressaltou que o MP está à disposição para esclarecer dúvidas da imprensa e informar acerca da legislação e dos procedimentos do Ministério Público em relação à temática. “Estamos diante de um desafio. É necessário manter uma maior aproximação com a imprensa para que sejam noticiadas informações relevantes e corretas para a população”, destacou. Para a promotora Juliana Mota, é necessário discutir também a dimensão da responsabilidade de cada instituição. “Conhecemos o caminho da repressão, mas agora estamos construindo o da prevenção, com parâmetros legais, de proteção social e buscando resolutividade”, frisou.
Durante a reunião, foi estabelecido um canal direto entre o MPCE e os veículos de imprensa e entidades, com a finalidade de aprofundar o debate acerca do tema e apontar ações que impactem a opinião pública com informações relevantes sobre a cultura de paz. No entendimento do MP, profissionais e veículos de imprensa devem evitar divulgar fotografias, vídeos e informações sensíveis sobre atos de violência em escolas. A propagação de tais conteúdos, como nomes e imagens de agressores e vítimas, por exemplo, pode estimular a ocorrência de novos casos, prejudicar investigações policiais e gerar pânico social. O MPCE está acompanhando o trabalho dos órgãos de segurança pública e inteligência, dando o suporte necessário na prevenção, apuração e responsabilização dos fatos.
Denúncias sobre a ameaças podem ser feitas pelos telefones 181, o Disque-Denúncia da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Estado (SSPDS) e (85) 3101-0181 (WhatsApp). O sigilo e anonimato são garantidos.