Após denúncia formulada pelo Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), o Conselho de Sentença da Comarca de Itapajé condenou, nesta quarta-feira (27/10), após 19 horas de julgamento, pai e filho pela participação em um duplo homicídio e em uma tentativa de homicídio. Os crimes aconteceram há 21 anos, em Itapajé. Francisco Augusto da Costa, o pai, foi condenado a 27 anos de reclusão, e Francisco Gleison Costa, a 28 anos e 2 meses de prisão.
Segundo a sentença, o duplo homicídio qualificado foi cometido por motivo torpe e com recurso que impossibilitou a defesa das vítimas, Carlos César Barroso Magalhães, com 23 anos à época do fato, e José Wilson Barroso Forte Júnior, então com 27 anos. No momento dos crimes, ainda houve uma tentativa de homicídio ao jovem Maxwell Magalhães Caetano, à época com 22 anos. Em razão da gravidade da lesão sofrida, ele ficou tetraplégico. Os condenados são conhecidos na cidade como “Alfredo Cigano” e “Gleison Cigano”, pai e filho, respectivamente.
Os crimes ocorreram em 29 de julho de 2000, no interior de um bar improvisado, em um alpendre, nas proximidades da exposição agropecuária da cidade. Ainda no julgamento, a ré Maria Ziulan Costa, conhecida como “Ziulan Cigana”, foi absolvida das acusações que lhe foram imputadas. Em 2017, o Conselho de Sentença da Comarca já havia condenado a 23 anos de prisão em regime fechado o réu José Gomes da Costa, vulgo “Flávio Cigano”, pela participação na trama criminosa.
Entenda o caso
Semanas antes do crime, houve uma discussão entre a vítima Carlos César e o réu “Gleison Cigano”, em uma quadrilha na cidade, por conta da então namorada de Gleison, que havia sentado sobre o capô do carro da vítima. Os dois voltaram a se encontrar e, no dia do crime, no bar de José Inácio, houve uma contenda inicial entre os envolvidos. Na ocasião, Gleison deixou o local avisando que retornaria.
Ao voltar, ele estava com o pai, “Alfredo Cigano”, sua mãe, “Ziulan Cigana”, e o tio, “Flávio Cigano”, armados. Ao chegarem ao local, efetuaram disparos em desfavor de Carlos César Barroso Magalhães, José Wilson Barroso Forte Júnior e Maxwell Magalhães Caetano, fugindo logo em seguida. Francisco Augusto da Costa foi localizado ainda em 2000, obteve liberdade provisória, e se encontra foragido da Justiça. Os demais continuaram foragidos até novembro de 2017, quando foram capturados em um distrito na zona rural de Canindé.