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A pedido do MP do Ceará, Justiça prorroga prisão de mulher que comandava facção criminosa no bairro Serrinha, em Fortaleza

O Ministério Público do Ceará, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), obteve, na última sexta-feira (24/10), a prorrogação judicial da prisão temporária da mulher conhecida como “Patroa”, suspeita de comandar núcleo do Comando Vermelho no bairro Serrinha, em Fortaleza. Ela foi presa em setembro deste ano na Operação “Extramuros”, deflagrada para desarticular o núcleo por chefiado por ela na estrutura local da facção de origem carioca. De acordo com as investigações, a mulher ocuparia o posto desde 2023, após a prisão do esposo, apontado como um dos principais chefes da facção em Fortaleza.

No último mês, enquanto a mulher cumpria período de prisão temporária, a investigação conseguiu levantar novos elementos probatórios, que reforçaram os indícios do poder decisório que “Patroa” exercia na facção, tanto em relação a atos de movimentação e destinação de valores ilícitos quanto à gestão da casa de eventos (Nitro Dance) vinculada ao crime organizado, que foi interditada em fevereiro deste ano durante a Operação Fim de Festa, também deflagrada pelo Gaeco. A apuração conduzida pelo Ministério Público também revelou o envolvimento da “Patroa” com outros fatos delituosos, inclusive em episódios de planejamento e execução de atentados contra integrantes de facções rivais.

Na investigação, foi constatado, ainda, que às vésperas da deflagração da Operação Fim de Festa, estava em curso um plano para cometer uma chacina contra jovens vinculados a um grupo rival que, supostamente, frequentavam a casa de shows como “infiltrados”. A chacina ocorreria em uma das festas agendadas para o fim de semana seguinte ao da operação. A rápida ação do Gaeco em conjunto com os órgãos policiais e de inteligência frustrou o crime e resultou na interdição da casa de shows e na prisão do sócio e então braço direito da “Patroa”. Tudo isso aconteceria atendendo ordens de dentro do sistema penitenciário, mediante contato frequente dos faccionados com o esposo da investigada.

A investigada permanecerá presa temporariamente por pelo menos 30 dias, conforme decisão da Vara de Delitos de Organizações Criminosas do Estado do Ceará, enquanto o Ministério Público finaliza diligências para a resolução do caso.

Secretaria de Comunicação

Ministério Público do Estado do Ceará E-mail: imprensa@mpce.mp.br