MP Eleitoral requer cassação de prefeito, vice e vereadora de Moraújo por abuso de poder econômico e compra de votos


O Ministério Público Eleitoral pediu à Justiça Eleitoral a decretação de inelegibilidade e cassação dos diplomas do prefeito, da vice-prefeita e de uma vereadora de Moraújo, eleitos no pleito de 2024. De acordo com a Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) ingressada pela Promotoria da 64ª Zona Eleitoral, eles são acusados de abuso de poder econômico e captação ilícita de sufrágio (compra de votos). Segundo as investigações, também estão envolvidos no esquema o pai do prefeito e outros cinco cabos eleitorais.  

A Promotoria Eleitoral constatou “um esquema sistemático de compra de votos e oferecimento de vantagens financeiras em troca de apoio político”. Diversos relatos apontam que o atual prefeito e a vice, na época ainda candidatos, ofereceram pessoalmente dinheiro e empregos a eleitores e seus familiares em troca de apoio político. Os valores oferecidos aos eleitores variavam de R$ 2,5 mil a R$ 5 mil e eram parcelados. Em alguns depoimentos, testemunhas relataram que foram perseguidas e pressionadas a devolver a quantia quando retiraram o apoio aos candidatos. Segundo as investigações, o pai do prefeito também estava envolvido na compra de votos.   

O MP instaurou dois procedimentos para apurar os fatos: um Procedimento Investigatório Criminal e um Procedimento Preparatório na esfera cível-eleitoral. Com autorização judicial, foram realizadas buscas e apreensões nas residências dos investigados, resultando na coleta de diversos aparelhos telefônicos, documentos e outros itens. Parte dos aparelhos já teve os dados analisados, revelando evidências de abuso de poder econômico e compra de votos. Depoimentos e provas indicam um esquema organizado de captação ilícita de sufrágio, com o objetivo de influenciar indevidamente o resultado das eleições. 

A Aije pede a citação do prefeito, da vice e de mais seis pessoas pela prática de abuso de poder econômico; a cassação dos diplomas do prefeito, da vice e de uma vereadora devido ao benefício ilícito obtido com a prática de abuso de poder econômico; e a aplicação de multa aos três políticos, variando de R$ 1.064,10 a R$ 53.205,00.   

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