O Ministério Público do Estado do Ceará, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), participou de operação conjunta deflagrada nesta quinta-feira (26/06), no Rio de Janeiro, para a demolição de três edificações irregulares de traficantes na Rocinha. A ação é do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especializada em Meio Ambiente (GAEMA/MPRJ) e da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), com suporte da Polícia Civil cearense.
“O combate ao crime organizado exige união, inteligência e ação integrada. E é com esse esforço interinstitucional que seguiremos firmes, determinados a romper as estruturas do crime e promover a justiça que a sociedade cearense merece”, ressalta o procurador-geral de Justiça do Ceará, Haley Carvalho, confirmando a atuação estratégica no enfrentamento às organizações criminosas que ameaçam o estado.
Os imóveis foram erguidos ilegalmente com a finalidade de servir de esconderijo e moradia para integrantes de grupos criminosos oriundos do Ceará, foragidos da Justiça, especialmente ligados a uma facção carioca. As edificações já haviam sido identificadas como abrigo de criminosos cearenses durante operação integrada realizada no último dia 31 de maio, quando foram cumpridos mandados de prisão e de busca e apreensão contra chefes do tráfico do Ceará que se escondiam no Rio de Janeiro.
As construções, localizadas na região da Dionéia, ocupavam uma área de aproximadamente 2 mil metros quadrados e variavam entre dois e sete andares, com alto padrão de acabamento, incluindo piscina e área gourmet, além de passagem secreta para uma escada que dava acesso a uma região de mata. Segundo estimativas de engenheiros da Prefeitura do Rio de Janeiro, as obras — realizadas sem qualquer autorização ou licença — demandaram investimentos de cerca de R$ 6 milhões por parte dos responsáveis.
“Para os criminosos que buscam no Rio de Janeiro um refúgio vindo de outros estados: esta cidade não é mais um porto seguro. Cada esconderijo, por mais luxuoso que seja, será derrubado. A tolerância para com o invasor criminoso aqui se esgotou; apenas a face rigorosa da lei os aguarda”, declara a equipe do Gaema do MPRJ.
A operação contou com o apoio da Secretaria de Ordem Pública do Município do Rio de Janeiro (SEOP), da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ) e da Polícia Civil do Estado do Ceará (PC-CE). Também participaram da ação agentes da Secretaria Municipal de Assistência Social e da RioLuz.