Para defender o direito ao envelhecimento com dignidade, saúde e respeito, o Ministério Público do Estado do Ceará, por meio do Movimento “Mãos que Protegem”, iniciou nesta sexta-feira (13/06) ação que reúne serviços, cultura e informação no Shopping RioMar Kennedy, em Fortaleza. O evento prossegue até domingo (15/06) e faz alusão ao Junho Violeta, mês de conscientização sobre combate à violência contra a pessoa idosa e acolhimento às vítimas. A programação do primeiro dia foi encerrada com a presença do procurador-geral de Justiça, Haley Carvalho.
“O movimento Mãos que Protegem é uma oportunidade de mostrar para a sociedade o trabalho do Ministério Público e a importância do acolhimento às vítimas de violência. Neste mês, estamos falando de violência contra o idoso. É fundamental a sociedade compreender que nosso papel vai além da responsabilização das pessoas que cometem crimes. Nós também acolhemos as vítimas, trabalhamos a indução de políticas públicas em diversas áreas e buscamos nos aproximar e sensibilizar sobre o acolhimento a essas vítimas, o combate aos crimes e a situações que tanto nos afligem”, destacou o PGJ Haley Carvalho.
Palestras, rodas de conversa, prestação de serviços, exposição, apresentações culturais e atendimento do Núcleo de Acolhimento às Vítimas de Violência (Nuavv) deram início às atividades no shopping. A coordenadora do Nuavv, procuradora de Justiça Joseana França, ressaltou que o “Mãos que Protegem” é um movimento permanente, que visa mobilizar a sociedade por meio de ações formativas. “Essas campanhas buscam trazer informação, cuidado e acolhimento, com o objetivo de mostrar que, para a realização de todo esse trabalho desenvolvido pelo Ministério Público, a grande parceria é com a sociedade”, ressaltou.
Programação do primeiro dia
A programação desta sexta teve atendimento do Nuavv e discussões sobre direitos do consumidor, saúde e proteção à pessoa idosa. As atividades contaram com a participação do coordenador do Setor de Atendimento do Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Decon), Pedro Ian Sarmento; do promotor de Justiça do MPCE, Germano Rodrigues; da promotora de Justiça e coordenadora do Caosaúde, Karine Leopércio; e do técnico ministerial e assessor do Programa Vidas Preservadas, Rafael Sales. A subprocuradora-geral de Justiça Daniele Fontenele também esteve presente.
Para a coordenadora do Caosaúde, promotora de Justiça Karine Leopércio, “ações como essa são muito importantes, pois aproximam o MP da população para trazer informações sobre os direitos e orientar sobre o que fazer no caso de violação desses direitos. É fundamental que a sociedade tenha elementos para se proteger e proteger seus entes queridos que estão na terceira idade”, pontuou.
O coordenador do Setor de Atendimento do Decon, Pedro Ian Sarmento, alertou sobre golpes que têm como alvo o idoso. Já o promotor de Justiça Germano Rodrigues abordou a importância de acolher o cuidador e os desafios da transição da era analógica para a digital entre pessoas da terceira idade. “Nosso objetivo é visibilizar o tema e conscientizar a sociedade de que as pessoas em situação de vulnerabilidade têm a quem recorrer, não só ao poder público, mas a outras instâncias, como a família, a comunidade, as igrejas, enfim, o corpo orgânico da sociedade”, afirmou.
A roda de conversa abordou os desafios do envelhecer na sociedade e fatores que afetam saúde física e mental dos idosos. O servidor Rafael Sales, do Vidas Preservadas, também reforçou a importância de criar vínculos, promover o autocuidado e ampliar a rede de proteção para garantir qualidade de vida da pessoa idosa. A aposentada Maria José Barbosa, que assistiu às palestras do evento, considerou as palestras informativas e educativas. “Aprendi muito sobre meus direitos. As pessoas da periferia precisam dessa aproximação, porque a maioria não conhece seus direitos, não tem informação para buscar melhorias. Procurar informação é crucial para ter uma vida digna”, afirmou.
Programação dos próximos dias
Durante o evento, profissionais do Nuavv estão disponíveis para orientar, tirar dúvidas e promover encaminhamento a possíveis vítimas de violência, se necessário. Há também atendimento do Decon. Participam da ação representantes dos Centros de Apoio Operacional de Defesa da Cidadania (Caocidadania), da Saúde (Caosaúde) e Eleitoral (Caopel).